Hoje venho falar-vos de um assunto que já tem dado pano para muitas mangas, ou babetes, e que tem enchido os ouvidos das pessoas que me conhecem.
De há uns tempos para cá, verifico que toda a gente passou a usar aquilo a que vulgarmente chamamos lenços à Arafat desmesuradamente, sem qualquer preocupação alguma sobre a forma como o colocam ou se se adequa ao tipo de roupa que trazem vestida.
Não quero parecer snob com o que vou comentar neste post. Acontece que estou farta de ver tanta poluição visual. Sim, eu gostava (e continuo a gostar!) de ver os ditos arafats (ou keffiehs) nos senhores palestinianos (política de lado, quando se pensa em Palestina pensa-se em senhores com keffiehs!) e aplicados ao vestuário do resto da população mundial… Quando são devidamente utilizados!
Caros leitores, sobre o uso dos arafats e semelhantes lencinhos mal utilizados (na minha humilde opinião!) tenho a dizer que:
- Usar um arafat sem saber a história do mesmo só mostra (muita) ignorância por parte de quem o usa. É verdade, estes lenços começaram por ser usados pelos beduínos para que pudessem ser identificados como elementos da mesma comunidade, e era extremamente útil porque os protegia das tempestades de areia, típicas do deserto, e de outros fenómenos meteorológicos. Nos dias que correm, os keffiehs são símbolos nacionalistas da Palestina;
- A sério, se o item acima não vos faz mudar de opinião, pelo amor de Deus, (e penso que esta parte é mais importante para as meninas ou mulheres) digam-me onde é que fica o encanto de um vestido, por exemplo, com o lencinho à volta do pescoço a estragar a “paisagem”. Sim, a moda somos nós que a fazemos, mas os arafats com vestuário feminino não me entram pelos olhos dentro. Desculpem!
- Por último, e não menos importante, não há coisa pior do que ver os lencinhos mal-enjorcados à volta do pescoço. Se ninguém disse isto antes, digo eu: esses lenços xadrez que as pessoas, principalmente os jovens, gostam tanto, parecem umas toalhas de piquenique ou babetes! Provavelmente, a nossa sociedade está a tornar-se tão activa que, para perder ainda menos tempo com mariquices, principalmente à hora da refeição, anda de babete a tempo inteiro!
eu acho este post muito bom. acho bom conhecer a história por detrás daquilo que usamos, muitas vezes nem pensamos no que está envolvido quando envergamos uma determinada peça. por vezes, são peças milenares mesmo, outras, estão envoltas em crenças ou posições políticas.
nesse aspecto, o post está muito bem feito.
devo dizer que acho essa moda gira mas nos homens. pessoalmente não gosto nas raparigas precisamente por ser super usado, juntamente com outros acessórios, sempre o mesmo padrão … cada um usa o que quer! não tenho nada com isso e acho que as pessoas devem ter a coragem de se vestir como se sentem bem. simplesmente é muito mais raro ver os homens de arafat e por isso acho que lhes fica melhor.
pessoalmente, apenas tenho um arafat mas nem o uso. primeiro, pq é um pedaço de tecido quadrado e eu não sei colocar bem, mais vale não colocar. segundo, gosto pq ligo bastante ao lado histórico das coisas e numa perspectiva coleccionista (mas atenta), acho giro ter um.
[acho que não tem mal nenhum comentar num post com bem mais de um ano].
Quinta-feira, Abril 08, 2010 3:55:00 AM
Olá Charlie,
Faço parte do leque de pessoas que não usa Keffieh. Mas aqui em Paris tenho visto imensos, por todo o lado. Uma moda, como muitas outras, que tem um significado historico que muitos parecem não querer saber.
Enfim, cada um faz como quiser, mas eu "tô fora" 🙂
Beijo meu ♥,
A Elite
Domingo, Novembro 23, 2008 5:51:00 PM
Eu tenho um arafat, uso porque gosto dele, gosto do padrão (padrão toalha de piquenique, sim), não uso pelo significado que tem. É quentinho =D. Mas verdade seja dita que gostava mais de o usar quando ainda era raro ver alguém com um, agora é raro haver pessoa sem um.
Beijinho.
Segunda-feira, Novembro 17, 2008 10:47:00 PM