Ter gatos deve ser como ter tatuagens: quando se começa, quer-se sempre mais 1 ou 2.
Não tenho tatuagens, mas é o que dizem. Também não tenho particular gosto por ver as minhas cortinas e sofás estropiados, nem a casa cheia de pêlo, mas é um mal menor compensado por tudo o que os bichos nos proporcionam de bom.
A Matilda mora connosco há coisa de ano e meio. Foi-vos apresentada aqui nesta chafarica, e eu que nunca tinha vivido com um gato, adorei. A Mati é muito dócil, mas ainda assim, gata autónoma. Nunca deu trabalho nenhum cuidar dela e é mimocas qb.
Tivemos muita sorte, creio que não é habitual os gatos serem como ela.
Entretanto, havia um conjunto de situações que não eram as ideais:
- A Mati dormia muito durante o dia e só fazia asneiras durante a noite. Imaginam o que é dormir com um gato a jogar à bola e aos pinotes pela casa fora? Pois.
- Entretanto, comecei a passar muito tempo fora de casa e era mesmo muito injusto ela não ter companhia.
A vontade de adoptar outro miau pareceu-nos encaixar perfeitamente com os factos atrás mencionados, pelo que a ideia andou a marinar por uns tempos. Sejamos francos: não basta dizer que se quer um animal de estimação sem assegurar que temos todas as condições para o acolher.
Quando vi que a Aiaimatilde tinha encontrado uma família de miaus inteira que estava a tentar encontrar um lar para todos eles, fiquei com a pulga atrás da orelha. Um dia, mostrei vídeos dos bebés ao Luís e ele concordou comigo que o malhadinho fofo deveria vir morar connosco.
Um macho, na altura com pouco menos de 2 meses, muito lindo e aparente meigo e fofo, tal como pretendíamos, para coabitar connosco e com a Mati. Preparámos a vinda dele, que entretanto foi rapidamente baptizado.
Panzer, foi o nome que escolhemos.
Chegou a nós de comboio e rapidamente conquistou lugar na família. Bom, a Mati não gostou muito da ideia inicialmente, mas nunca tivemos de os colocar em divisões separadas nem houve brigas de maior.
Houve umas bufadelas e rosnadelas, alguma impaciência, mas ao fim de uma semana posso dizer que já se toleram muito bem, brincam juntos e dormem ambos connosco.
Ainda é muito bebezolas, o Panzer: é muito saltitante e faz um monte de asneiras. Mas gosta tanto de colinhos que é impossível ficar zangada com ele muito tempo!
Curiosamente, também gosta muito de “banhos”. O diabrete adora saltar pelos vasos das plantas, de tal forma que tenho de lhe lavar as patas. Adora quanto encho o lavatório de água morninha, senta-se lá dentro e ronrona.
Não podíamos estar mais contentes com a nossa decisão de ter acolhido outro felino cá em casa.