Setembro é sinónimo de regresso às aulas e gastos acrescidos para muitas famílias.

Por estes dias, (re)começa a escola e as exigências e listas de material surgem um pouco por todos os graus do ensino. Por enquanto, a coisa vai sendo soft por estes lados – a Teresa ainda tem 2 anos. Ainda assim, já vai para o 2º ano de creche. 

Mesmo antes de entrar para a escolinha, sempre gostámos de estimular a sua criatividade e pôr ao seu alcance alguns materiais de pintura. Gostamos que não lhe falte nada, mas também sabemos que a vida custa e que é preciso um grande exercício de reflexão em busca do que é melhor, em todos os sentidos.

A expressão plástica e os trabalhos manuais são domínios que me interessam bastante, pelo que considero que tenho algumas dicas úteis para partilhar convosco. E são transversais às idades e níveis de escolaridade dos filhos!

Afinal, os meus pais também tiveram esta sensibilidade e creio que teve grande impacto no meu interesse e vontade para encarar os estudos e trabalhos criativos com outro ânimo! Vamos lá:

1. É possível comprar material escolar sem gastar fortunas.

• Há materiais de outros anos? Verifiquem o que está bom. Substituam apenas o necessário. 
• Comprem apenas à medida que for preciso. Esperem pelas orientações dos professores.
• Não comprem por impulso. 

2. Prefiram bom em detrimento de bonito. 

• Não quero com isto dizer que não há produtos de qualidade com aspecto apelativo.
• Por vezes, pagamos pela aparência das coisas e não pela sua qualidade.
• Menos é mais! Mais vale ter algo simples e de aspecto “aborrecido” mas com boa qualidade e desempenho. 

3. Valorizem o desempenho dos materiais.

• Invistam em materiais de escrita, desenho e pintura fáceis de manusear e que mostrem bom desempenho.
• Quem gosta de canetas e lápis que falham e/ou mal pintam? Nós não!
  • Por que havemos de os impingir às crianças porque “é só para um trabalho sem importância”? 
  • Todos os trabalhos feitos pelos nossos filhos deve ser do maior valor e importância!
• É extremamente desmotivante para os nossos miúdos quando vêem o seu empenho e esforço sabotados por maus materiais. 

4. Arrisquem. Confiem. Sejam fixes com os vossos miúdos. 

• Lembram-se de adorar brincar com tintas e plasticinas e os vossos pais não acharem piada porque fazia muita sujidade? Querem ser os “maus” agora? 
• Dêem oportunidades aos vossos filhos. Com regras e boa vontade, tudo é possível.
• O sujo limpa-se. Ser criança passa rápido. Há experiências que devemos ter e proporcionar sempre que possível e criar as melhores memórias!

Por enquanto, ainda vamos tendo alguma flexibilidade e leveza, já que a escolinha disponibiliza os materiais necessários e acabamos por só ter de nos preocupar com o que existe cá em casa. Mas faço questão que a Teresa tenha a sua mesa sempre bem apetrechada!

E, antes que perguntem, já tivemos direito a “pinturas rupestres”. A parte boa é que sai tudo facilmente das paredes com uma borrifadela de WD40. Não têm de quê!