Por algum motivo que ainda desconheço, o modem ranhoso do e-escolas não funcionou, o que me manteve looonge da Internet durante o fim-de-semana. Como sabem, vim para a terra e isto de não ter acesso às modernices do costume deixa-me com os nervinhos em franja.
Mas não vale a pena lamentar muito e os senhores da TMN vão ter que me ouvir amanhã ou depois, porque eu até me contentava com o mísero GB a que tinha acesso mensalmente (ok, vá, só preciso da tal Internet fora de casa e por isso duuura anos, excluindo os meses de férias). Isto de não haver serviço é que é uma grande chatice!
Aqui em Lisboa já tenho tudo e mais alguma coisa e já posso trocar umas palavritas convosco. Portanto, vá, vamos ao que há de novo!
Como já referi, houve por Mação uma Feira Mostra com montes de coisinhas da região e as barraquitas da feira do costume, com bijutarias e essas coisas. Cheguei a Mação na sexta-feira, mas não me apeteceu sair de casa. Assim, só ontem é que fui ver como param as modas.
Derreti-me com os brinquedos do antigamente e com o artesanato! Bem, como se vê, trouxe um rapa (este tem letras! Juro que nunca tinha visto um assim), uma ardósia (tinha uma mas estava partida), umas miniaturas para um quadro que estou a fazer para a cozinha, uma bolsa de retalhos bem bonita (que, por ora, anda na mala com os óculos de sol) e, das bancas normalzecas, trouxe um par de brincos estrelados e uma mão cheia de ganchinhos para o cabelo que há-de ser cortado.
Havia uma feira do livro, e achei este livro maravilha do Saramago por 4€ e tal. Já o tinha lido, mas não o tinha na minha colecção! Aconselho vivamente a quem não o leu, é muito interessante e tem daquelas histórias que só o senhor Zé consegue inventar.
A coisinha da Nívea foi parar à foto mas, na verdade, foi brinde da revista Saber Viver, que os senhores este mês foram a modos que simpáticos! Veio a calhar, pois esqueci-me do meu creme de pentear em Lisboa. Olhem que a magana é boa!
Sou tentada a entrar na tabacaria cada vez que passo por ela: há sempre uma montra repleta de revistas giras e interessantes, das que não nos fazem crescer e das que nos fazem crescer água na boca. A mãe quis ir a correr comprar a TeleCulinária das tardes, e lá fomos nós. Babei-me tanto a folheá-la que a vou surripiar por uns tempos para experimentar algumas receitas, que depois hei-de mostrar!
Como queria alguma coisa para ler e recortar e não havia Vogues nem coisas do género que nos fazem gastar dinheiro em publicidade e essas tretas e quase não têm nada escrito e já tinha as revistas interessantes do costume, trouxe uma que leio de quando em vez: a Saber Viver. Para além de ser barata, costuma ter bons artigos e desta vez até tinha um brinde catita.
Por fim, trouxeram-me o livro do meu ano, 1990, que não tinha encontrado ainda.
Mas, o que fez a Guida durante o resto do tempo?
No sábado espetaram-me com um almoço-convívio de pessoas que andaram cá no colégio (que já não é colégio há montes de tempo). Era perto duma terra que se chama Castelo mas que não tem castelo nenhum, rodeada de verde, num parque de merendas, com montes de velhotes e zero de pessoas do meu escalão etário. Não foi a maior seca do mundo, mas não esteve muito longe! O sítio era lindo.
O almoço, o que era? Sardinhas, entremeadas, farinheira e salsichas muuuito salgadas. Tudo acompanhado de pão e migas. Tudo coisas que eu adoro (ou não). Mas não passei fome.
Ouvi dizer que havia por ali uma nascente e imaginei logo uma nascente daquelas que “estamos habituados” a ver: no meio do verde, no meio das rochas, tipo riacho. E lá fui em busca de tal preciosidade. Voltei à mesa bastante triste, pois não tinha visto nascente nenhuma e pensei que fosse por ser mesmo muito distraída. Quando ma mostraram, que desilusão! Era uma bica. Sim, uma bica! E estava tudo a encher os garrafões de cinco litros por lá.
Ouvi dizer, também, que lá por cima, nos moinhos, a paisagem era linda. Não hesitei em fazer-me à estrada até perceber que até lá acima eram uns valentes quilómetros e sabe-se lá por que estradas. Acabámos por ir lá todos de carro. E não é que, a 620 metros de altitude, a vista era mesmo linda? Só se respirava verde, só se via verde! Nem a melhor máquina do mundo conseguiria fotografar o que se vê lá! Ao longe, até dava para ver Mação em tamanho microscópico. Não é por acaso que se diz que ali é o verde horizonte!
Será que posso ficar com aquele verde todo só para mim um dia? Se me sair o Euromilhões? Será que posso aproveitar uma das muitas casas de pedrinhas que foram abandonadas e ruíram para fazer a minha? Será que me deixam viver naquele sítio?
Esta e muitas outras perguntas ficam no ar, e são elas que me fazem dizer, com orgulho, e por todas as coisas que descubro de cada vez que lá vou, que Mação é a minha terra!
ps: esqueçi-me de perguntar se és do Liceu, eu ia jurar q já te vi lá xD
eu para ser sincera mal conheço Maçao so fui la umas 3 vezes porque os meus tios vivem para la… nao é bem la xD é uma aldeiazinha que tem um nome estranho: Queixoperra…
pronto é que eu depois de ir aí fazer uma visita aos tios vou sempre para o Castelo, na Sertã…
(ps o meu pai disse agora que acha que ha um Castelo em Maçao xD , confunde-me imenso haver muitas terras com o mesmo nome nunca sei de que terra estão a falar
beijinho
Teresa: Ah, pois! Sei onde fica a Queixoperra 🙂 E sim, andei no Liceu! Vou agora para a faculdade 🙂
Beijinho
Teresa: Bem, eu acho que não! Creio que o Castelo faz parte de Mação, pelo menos foi o que sempre pensei 😛 E pensava até há pouco tempo que havia lá um castelo. Pensava! Eu vou a Mação muitas vezes, é a minha terra 🙂
Beijinho
O Castelo, não é o Castelo do concelho da Sertã pois não?
nao é um Castelo assim que tem uma terrinha ao pé que se chama Cernache do Bonjardim…
pronto como eu estive em Mação era giro ver que tambem estiveste na minha terrinha (pronto é mais a terra do meu pai)
beijinho*
Scbmf: Ora lá está! Não me importava de ter uma casinha lá no alto 😛
Muito obrigada 🙂
Beijinho
Vim parar ao teu blog por acaso… e vejo isto?! 🙂
A minha mãe é do Castelo, desse que não tem nenhum, mas tem a "nascente" que também não é bem o que parece! Nunca foi um sítio onde adorasse ir, nem em pequena nem agora, mas admito que para descnsar é para lá de bom!
Adorei o teu blog, és uma miúda cheia de ideias! 🙂
Parece ser uma terra muito bonita!
Olhos Dourados: Não parece, é mesmo ^^ Tens que visitar!
Beijinho
A Saber Viver e a Vogue são as revistas que leio =]
A paisagem é linda!
Beijinhos *
Eu tão pertinho de Mação e acho que não conheço. Algum dia tenho de ir lá.
Rita: Nem sabes o que perdes 😛 Vai lá, sim, que vale a pena 🙂
Marisa: O aborrecimento é relativo, eu encontro sempre o que fazer. A única coisa que me aborreceu foi mesmo o facto de não ter Internet. Acredita que gostava de viver lá!
Beijinho
Que paisagem verdinha 🙂
Deve ser muito bom passar uns dias no descanso do campo, mas não muitos que depois aborrece! eheh