O começar de um novo ano é um mar de oportunidades. Há quem acredite que sim e eu gosto deste optimismo ingénuo que se vai repetindo a cada ciclo de 365 (ou 366) dias. As metas vão sendo as mesmas desde a viragem do século. Olhamos para o calendário e, pimbas, passou mais um mês e nada mudou.
Podemos fazer de Janeiro um mês de avaliação grátis?
2018 foi, para mim, um mau ano. Podem decidir que falo de barriga cheia, mas as dores são de quem as sente e, decididamente, o ano passado foi um dos que pior me correu. Estou confiante de que este ano será diferente porque não há mal que sempre dure, verdade? E não, não estou à espera que tudo aconteça por magia.
Neste que é o mês do amor, o meu mês, um mês que tem Fé no nome, um mês que é de recomeços, quero partilhar alguns dos objectivos que quero cumprir ainda este ano. Sem lamúrias nem desculpas!
Tirar a carta de condução
Ok, isto é absurdo. Há uns 10 anos que me ouvem dizer isto. Este tem mesmo de ser O Ano. Acreditem que quis muito levar isto a sério em 2018, mas numa fase de desmotivação por n razões, fui surpreendida com o súbito encerramento da escola de condução onde estava inscrita.
Já tinha assistido a mais de metade das aulas de código. Quase toda a gente que conheço tirou a carta naquela escola. A sério. Já não houve paciência para mais mas agora vai ter de ser (valha-me o facto de não ter dado todo o dinheiro no acto de inscrição!).
Ter consistência no trabalho
Aqui, há mesmo muito para dizer. Desenvolvi um grande pânico à Enfermagem, pelo que não creio que o meu caminho passe por aí – por muito que custe, e é a mim quem custa mais esta angústia. No entretanto, ter qualificações a mais, experiência a mais e uma filha pequena parecem ser grandes entraves ao mercado de trabalho.
Consegui ser auto-suficiente. No ano passado, dei muito de mim num trabalho que se revelou fraudulento (também fica para outro post!) e acabei por deixar de ter tempo para aquilo de que realmente gostava e me dava rendimento. Arrependi-me e fui muito abaixo com esta situação.
Tenho muito para dar e tenho a consciência do meu valor, pelo que está na hora de me mexer a sério. Eu sei, não sou a única neste barco!
Reduzir o consumo de proteína de origem animal
Não me sinto capaz de deixar de comer carne, mas reconheço que comemos muito mais do que necessitamos. Especialmente carnes vermelhas. Deveria ser algo reservado para consumo pontual, dias de festa, sabem?
Pela nossa saúde enquanto indivíduos e pela saúde do nosso planeta, sinto que é necessário haver uma mudança. A carteira também agradece, já que os vegetais (especialmente os de época!) saem bem mais em conta quando adquiridos nos sítios certos.
Neste momento, a carne e o peixe entram em cerca de metade das minhas refeições.
Ler mais
Sempre adorei ler e escrever, mas durante algum tempo perdi o foco e era um pesadelo tentar assimilar informação complexa. Pior ainda era escrever – e tenho arrepios quando vejo algumas calamidades em posts dos últimos 2 anos, que tenho tentado corrigir.
Senti muita falta das letras. Em 2018, recuperei e recomecei a ler com gosto. Não estive assim tão mal. Mas quero ler mais, e escrever. É como frequentar o ginásio: sentimos efeitos quando vamos, mas também vemos o nosso progresso ir pelo cano abaixo quando fazemos gazeta.
Fazer exercício físico
Por falar em ginásios, preciso deles! É que neste momento nem é uma questão de mexer mais o corpo. É mexer, ponto. Sair da inércia. Tenho a resistência física de uma alforreca. Não que haja um dresscode específico para isto, mas nem sequer é motivo porque tenho imensa roupa de treino que… Não uso! Tenho 28 anos mas devo estar em pior forma do que muito boa gente aos 70 anos.
Se não (re)começo agora, quando é que vai ser? Quando já estiver caquéctica?
Sumariamente é isto e a lista já vai longa. Fico mesmo contente se conseguir cumprir com estes grandes compromissos, que será sinal que o ano correu bem. O que vier a mais é bónus.