Hoje em dia, temos ao nosso dispor montanhas de informação e nem sempre é fácil analisá-la.
No que diz respeito à saúde dos nossos filhos, tenho a certeza que todos queremos dar-lhes o melhor e garantir que são os mais saudáveis do mundo.
Queremos que desenvolvam estilos de vida saudáveis, que tenham boa vitalidade e que cresçam bem de forma a serem adultos saudáveis no futuro. Ninguém quer carregar na consciência eventuais problemas sabendo que poderia tê-los prevenido de antemão.
Um dos temas que maior polémica levanta quando se fala de crianças é a alimentação.
Há sempre imensa controvérsia, muitos estudos e muitas opiniões sobre o que é efectivamente adequado às necessidades dos petizes. Um dos alimentos que suscita as maiores discussões entre pais e encarregados de educação um pouco por todo o mundo é o leite.
Afinal, as crianças devem ou não ingerir leite de vaca?
Comecemos por falar do leite pelo princípio.
Somos os únicos mamíferos que bebem leite que não o das suas mães. Isto não quer dizer, necessariamente, que o leite é mau para nós. Aprendemos a aproveitar o que este mundo tem para nos oferecer e a tirar partido disso (deixo os dilemas éticos para outro dia).
Quando falamos de bebés, o expectável é que nos primeiros 6 meses de vida sejam alimentados exclusivamente com leite materno. A amamentação é muito boa para os bebés. Mas sabem o que é melhor, efectivamente? Ser alimentado, ponto.
Se a mãe não puder/quiser amamentar, há leites adaptados e é assim que andamos, uns mais que outros, entre leite materno e/ou adaptado até aos 12 meses de vida, com a respectiva introdução dos alimentos complementares a partir dos 6.
Até esta idade, o leite materno em conjunto com os primeiros alimentos apresentados ao bebé, são o que mais se adequa às suas necessidade nutricionais.
Para além disso, o organismo dos bebés ainda não está preparado para o contacto com o leite de vaca. Órgãos como o estômago, os rins e o fígado simplesmente não estão preparados para lidar com um alimento como o leite de vaca.
Atenção: amamentar continua a ser uma óptima opção daqui por diante caso a criança e a mãe assim o desejem e consigam!
Na minha situação, por exemplo, tenho uma menina que resolveu que não queria mais maminha pouco depois do seu primeiro aniversário.
Tinha reservas de leite materno? Tinha. Tinha leite adaptado pronto a oferecer-lhe caso fosse necessário? Tinha. Tinha leites vegetais adequados (mais não fosse para consumo próprio)? Tinha. Se ela quis beber algum destes?
Chapéu. Mas adora leite de vaca!
A partir daqui, se falamos de crianças saudáveis a quem já foi feita a introdução dos restantes alimentos sem nenhum percalço (nada como seguir os conselhos do vosso pediatra!), poderá ser necessário encontrar uma alternativa.
O leite de vaca é uma fonte rica em cálcio e vitamina D, que ajudam a formar ossos, dentes e músculos fortes. Contém, também, boa parte das proteínas, hidratos de carbono e outros nutrientes necessários para o correcto e normal desenvolvimento dos nossos filhos pequenos.
Estudos recentes sugerem até que crianças que não bebem leite de origem animal são ligeiramente mais baixas que as que o bebem.
Porquê o leite e não outros alimentos que contêm cálcio?
É verdade, eles existem e são necessários à nossa dieta por muitos motivos. Porém, quando falamos do cálcio e da sua absorção, o leite continua a ser um dos melhores alimentos a considerar, porque tem características que permitem uma maior biodisponibilidade do cálcio.
Em suma: por si só, o leite de vaca não deveria ser visto como um alimento perigoso. Convém ter atenção à sua origem (queremos leite de qualidade, claro!) e conjugá-lo com um regime alimentar diversificado e saudável.
Os vossos filhos gostam de o beber e não apresentam queixas? Deixem-nos beber! Sozinho, com cereais, com sandes, com fruta…
Esta é a minha opinião. A Teresa bebe leite meio gordo sem chatice nenhuma e adora. A pediatra aconselhou-nos neste sentido. Eu, por outro lado, evito-o o mais que posso pelo desconforto gástrico que me causa.
A minha posição é muito semelhante à tua.
Eu não bebo leite de vaca. Não me cai bem e também me faz um pouco de confusão a forma como é produzido. Mas não o nego às minhas filhas. Elas não bebem muito mas bebem sempre que querem e acredito que não lhes faz mal.
É como em relação à carne. Tentei ser vegetariana várias vezes mas não achei viável para a minha saúde. Tenho tendência para anemia e já tomei, várias vezes, suplemento de ferro.
Não é bom para mim não comer carne. Como pouca mas como. Sem fundamentalismos de nenhum tipo. Acho que o segredo está mesmo no equilíbrio.
É isso! E não temos de nos sentir mal. Se todos fizéssemos esforços destes no sentido de melhorar, por pouco que seja, o mundo seria sem dúvida um lugar maravilhoso. Beijinhos para vocês <3