Escrever é uma das coisas que mais gosto me dá desde que me lembro de ter aprendido. Considero que a literacia é um dos maiores privilégios que a nossa espécie pode ter. É incrível pensar no quão poderosa pode ser a Palavra.
O dia 26 de Abril assinala o Dia Mundial da Propriedade Intelectual.
Trata-se de uma efeméride daquelas que passariam despercebidas se não tivesse calhado espreitar um calendário de datas comemorativas recentemente. Pareceu-me o mote ideal para falar sobre os blogs e a sua pertinência actualmente. Muito se fala sobre a evolução da comunicação nos meios digitais e há quem afirme que os blogs têm os dias contados.
Os blogs estão mesmo a morrer?
Muito pelo contrário, creio! Para quem quer ter retorno financeiro com um blog e não emprega qualquer estratégia, certamente.
Para quem continua a manter blogs como um hobby ou, por outro lado, pretende levar a coisa mais a sério e sabe o que está a fazer (se não sabe e quer, então está na hora de falar com a Bloglogia), continua a fazer todo o sentido.
Pessoalmente, mantenho blogs desde os 12 anos. Alguém por aqui desses primórdios dos blogs, lá por 2002? Mudou tanta coisa que o conceito já nem parece o mesmo. Aqui estou eu, 17 anos depois, com um blog que alimento desde 2008.
Os blogs já não são diários mas sim fontes de partilha e informação.
Os tempos e as vontades mudam, o que determina algumas mudanças na forma de comunicar. Hoje temos redes sociais que são bastante úteis na partilha de alguns conteúdos cujos moldes deixaram de fazer sentido num blog, para além de nos permitirem ter uma maior proximidade com quem nos lê.
Porém, não se esqueçam: um blog/website é a única forma de terem alguma autoridade e controlo sobre o que fazem na Internet. Mesmo que as redes sociais e outras plataformas de publicação de conteúdos pertencentes a terceiros desapareçam, um blog permanece online e quem tiver o vosso link continuará a encontrar o vosso trabalho.
Assim, também é importante destacar que as plataformas de blogs gratuitas (Blogger, WordPress.com, Sapo, etc) são tão falíveis como qualquer Facebook, Instagram ou Youtube. Querem ter um blog e apostar nele para obter algum reconhecimento/retorno? Pensem nestas questões e invistam, pelo menos, num domínio próprio e, assim que possível, num serviço de alojamento.
Em última instância, mantém-se a relevância da questão: dá-vos gosto manter um blog? Se sim, apostem nele e não deixem que opiniões alheias interfiram na vossa vontade.