Disco Menstrual Intimina – A Minha Experiência

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Há cerca de 3 anos, tomei uma posição radical no que toca à higiene menstrual. Depois de muito pesquisar, troquei os métodos de colecta descartáveis pelo copo menstrual.

A mudança foi tão boa que não pensei, por uma única vez, voltar à rotina anterior. Convenhamos que os pensos e tampões não são confortáveis, práticos nem económicos. Desde que mudei para o copo, disse adeus às alergias a materiais, às fugas, ao desconforto por fluxos escassos ou demasiado abundantes e às montanhas de lixo que se gerava todos os meses.

Sem pensar muito nisso, também acabei com um gasto que, ao longo dos anos, se tornou avultado – pensem no custo de um pacote de pensos/tampões e multipliquem-no pelos meses, pelos anos, pelas décadas. Chegamos à conclusão que, na realidade, a higiene menstrual é um luxo. As pessoas que menstruam passam por cerca de 456 períodos ao longo das suas vidas. Em média, estamos a falar de 5 a 15 mil pensos e/ou tampões por pessoa. Se o factor poupança foi importante, a questão do impacto ambiental brutal foi preponderante na procura por alternativas.

Na altura em que comecei a pesquisar sobre os copos, lá por 2018/2019, descobri que existiam outros meios alternativos aos tradicionais como as cuecas menstruais (cujo conceito não me seduz mas reconheço que sejam uma óptima opção para quem começa a menstruar, no pós-parto ou simplesmente para quem não goste de métodos de recolha interna do sangue) e o disco menstrual.

Embora o meu copo continue como novo e a uso, o disco interessou-me deveras mas na época desconhecia que se vendesse em Portugal ou que compensasse encomendar num qualquer site estrangeiro: só em portes, acabava a pagar mais que pelo próprio utensílio (que habitualmente custa 30-40€). Só há relativamente pouco tempo é que descobri que a Intimina tem a Ziggy Cup à venda no site e nalgumas lojas portuguesas como a Wells (foi lá que comprei a minha, em promoção e a acumular com um desconto de novo utilizador – saiu por coisa de 20€) e uma série de farmácias.

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O que é, afinal, o disco menstrual?

O conceito é semelhante ao do copo – trata-se de um método de recolha de sangue interno, ou seja, insere-se na vagina com a finalidade de acumular o sangue menstrual. O formato é diferente, é menos profundo mas tem um maior diâmetro e a capacidade é, regra geral, maior. Há pessoas que reportam grandes dificuldades em escolher o copo porque existem diferentes tamanhos, pegas e materiais; com o disco, há um tamanho universal que serve para toda a gente. O grande twist do disco é que é possível ter relações sexuais com penetração sem ter de o remover.

Outra das vantagens que tenho experienciado com a utilização do disco é a comodidade: é mais fácil de inserir (insere-se como um tampão, com a parte mais côncava a entrar em primeiro lugar e a encaixar no cérvix; a outra extremidade deve encaixar por trás do osso púbico) e de remover porque não cria vácuo. Para quem costuma ter cólicas/proctalgias, o facto de não fazer vácuo também faz com que o disco seja mais confortável.

O disco funciona?

Se as pessoas soubessem como é fácil e confortável de usar, acredito que existissem mais adeptxs do disco menstrual do que do copo, ou que qualquer outro método. Há uma curva de aprendizagem, mas considero que é fácil de atinar com a utilização. O disco não se sente nem gera fugas. É de fácil manutenção – basta esterilizar em água a ferver no início e fim de cada ciclo, e lavar entre utilizações durante a menstruação.

No que concerne as relações sexuais penetrativas, posso dizer-vos que o disco dita o fim das preocupações com lençóis sujos ou as pausas para remover o que quer que seja que possam estar a utilizar para conter o sangue. Menos preocupações, mais tempo para o amor. Das experiências cá de casa, posso dizer-vos que não sinto o disco. O homem diz que volta e meia sente, mas que não é incómodo.

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Disco menstrual: como utilizar. Imagem retirada do website da Intimina

Se já tinham ouvido falar do disco menstrual e estão com receio de experimentar, oiçam o que vos digo: vão sem medos. Só se arrependerão de não o ter feito mais cedo.



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